segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Contos Cabulosos

Olá, queridos!
Hoje eu gostaria de falar para vocês sobre um site bacana, onde aproximadamente cinquenta escritores disponibilizam seus contos para serem baixados gratuitamente.
Idealizado por Francis Piera – um autor danado de bão, nascido em Minas Gerais – o site Contos Cabulosos tem uma dinâmica diferente das outras plataformas de divulgação dos autores e das suas obras. Você pode escolher o que quer ler por gêneros. Entre eles estão suspense, drama, terror, medieval, ficção científica, policial, gótico e outros mais. Também pode escolher por autor se preferir.
Eu, particularmente, achei a ideia ótima. Com apenas um clique o conto vai para o seu e-mail e você pode salvá-lo para ler quando quiser, sem precisar estar conectado. Outra coisa legal, é que o autor recebe um aviso toda vez que seu conto é baixado, podendo assim ter uma noção do número de leituras.
O site é lindo e o Francis, muito caprichoso. Qualquer autor que queira contribuir, pode se inscrever e mandar suas histórias.
Espero que vocês se divirtam. Segue o link do Contos Cabulosos e o do meu cantinho por lá.

Boa leitura!


quarta-feira, 2 de setembro de 2015

O imaginário, o fantástico e as crenças.



O imaginário

Imagem é a reprodução mental de um objeto, de uma pessoa, ou o que o valha, que vimos antes ou que somos capazes de deduzir por meios de descrições, algo que nos desperta algum tipo de sensação e é formada em nossa mente a partir das nossas vivências ou lembranças.
Já o imaginário é o conjunto de imagens mentais e ele é tão presente no nosso cotidiano quanto as coisas concretas.
Nosso imaginário é estimulado por símbolos, conceitos, memória e imaginação. Existe o imaginário coletivo e o pessoal.
Por exemplo, quando falamos em cristianismo, uma série de imagens se forma na nossa cabeça, não é verdade? Vocês provavelmente acabaram de imaginar uma cruz, ou o rosto de Jesus, não foi? Em toda comunidade existe um conjunto de símbolos, concepções, costumes e lembranças em comum. Mesmo uma pessoa que não é cristã, conhece os símbolos do cristianismo, a história de Jesus, dos personagens bíblicos, pois eles fazem parte do imaginário coletivo.
Já nos países orientais, onde as religiões predominantes são o budismo, islamismo e etc, este conjunto de símbolos, lembranças e imagens é totalmente diferente do nosso, pois o imaginário coletivo depende muito da cultura e da história de um povo.
Outro exemplo de imaginário coletivo são as lendas e mitos espalhadas através das gerações, o que vamos falar mais adiante.
O imaginário pessoal é caracterizado pelas mesmas coisas, entretanto mais abstrato, de repente, através de um símbolo, de uma concepção ou lembrança particular de cada pessoa.

Fantástico x crenças

Crença é um estado psicológico em que uma pessoa detém uma fórmula para a verdade. Por exemplo, uma pessoa que acredita que a terra é redonda, não sabe que a terra é redonda, de fato, pois ela nunca esteve numa espaçonave para ver o planeta como ele é. Ela apenas acredita nisso porque viu imagens de satélites, leu artigos de estudiosos, seus pais sempre lhe disseram que a terra é redonda e tudo mais. O mesmo acontece com pessoas que acreditam em extraterrestres, por exemplo, ou em vampiros, por que não? Acreditam na religião que foram ensinados desde a infância, em Papai Noel ou coelhinho da páscoa. As crenças pessoais não são necessariamente fantásticas, pelo menos para a pessoa que crê. O que há é um princípio orientador que nos leva a crer em algo e ele pode parecer absurdo para determinados indivíduos, dependendo do conhecimento de mundo de cada um.
Eu não pude deixar de associar este tópico com a mitologia clássica. Os gregos, por exemplo, inventaram uma série de deuses e de criaturas para atribuírem explicações aos fenômenos da natureza numa época em que a ciência não conseguia explicá-los.
Grande parte dessas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e é uma fonte de conhecimento ao que se refere à história, ao comportamento, a elementos políticos, econômicos e culturais daquele povo na época em questão.

E o que nos parece fantástico hoje, fazia parte das crenças deles, agradar uma divindade era condição fundamental para conseguir bens materiais e graças, de acordo com a mitologia grega, romana. Já na mitologia nórdica, a religiosidade era baseada em atos, apesar de terem seus deuses, eles não acreditavam em nenhuma verdade transmitida por eles, apenas que os atribuíram habilidades e sentidos, o que usavam da melhor forma possível visando a prosperidade e a paz para eles mesmos.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Real x Fantástico


Outro dia eu estava participando de um evento na livraria Saraiva do shopping Center Norte, aqui em São Paulo, e um amigo disse uma frase que me fez lembrar de uma palestra que eu e Alfer Medeiros ministramos há algum tempo na Biblioteca Viriato Corrêa. Aproveitei a deixa e falei um pouquinho sobre realidade e ficção. Chegando em casa, encontrei nos meus arquivos o texto que redigi na época e gostaria de compartilhá-lo com vocês. A linguagem é coloquial, afinal de contas, eu escrevi do jeito que pretendia falar. O tema é bastante interessante; o real e o fantástico no imaginário popular.  Espero que gostem. Vou postar por partes. Aí vai a primeira:

O que é real?

Eu gostaria que vocês pensassem por um instante sobre o que é a realidade dentro da sua concepção.
Pensaram? Bem, acho que cada um de nós tem uma ideia formada a respeito desse conceito. Mas será que a realidade não é o aparecimento concreto do nosso imaginário? Será que somos capazes de imaginar as coisas por conta da realidade?
O que é realidade, afinal?
Algumas pessoas diriam que não existe uma verdade absoluta, tudo depende das nossas opiniões e percepções. Outros, diriam que há sim uma única realidade e que ela é palpável. O fato é que o real é tudo aquilo que existe fora da mente ou dentro dela, depende muito do imaginador.
Por ora, vamos partir do princípio que realidade é tudo o que a nossa mente é capaz de aceitar como sendo concreto, sem nada de extraordinário ou surreal. E sendo assim, monótona e rotineira, o que seria de nós se não fossemos capazes de imaginar coisas, criar, inventar? Que vida triste levaríamos...
Da mente surgem situações fantásticas. Circunstâncias e criaturas que a nossa noção do que é real não admite que existam no mundo em que vivemos. Por exemplo, quem nunca teve um amigo imaginário quando criança? – eu tive dois; o Dido e a Dida e eles se pareciam muito com o Rolo, personagem de Maurício de Sousa. Não me perguntem por quê. Quem nunca imaginou um animal que fala, um vampiro, lobisomem, um monstro? Nós sabemos que essas criaturas não podem ser reais, não podem fazer parte do nosso mundo concreto, mas elas são reais, sim, dentro da nossa cabeça e são reforçadas através dos filmes que assistimos, dos livros que lemos e das histórias que ouvimos por aí.
Embora não possamos admitir que zumbis ou quaisquer outros seres deste tipo existam, se nós descartarmos o conceito palpável de realidade, eles se tornam tão sólidos e abomináveis quanto poderiam ser. A prova desta verdade se manifesta através do nosso medo. Quantas vezes você deixou de ir beber água no meio da noite por causa de um filme que assistiu? Cenas que abalaram seu psicológico a ponto de você achar que ao atravessar os corredores de sua própria casa no escuro, encontraria aquela menina fantasma segurando flores e exibindo os dentes encavalados, prontos para te abocanhar?
É dessa realidade que falo e ela é sem dúvida muito importante principalmente para os escritores que querem levar o fantástico travestido de real aos seus leitores.

 O que é fantástico?

O fantástico se caracteriza como a ruptura da realidade coesa e contínua. É a desconstrução da realidade que conhecemos como verdadeira. Mostra uma percepção particular de acontecimentos e criaturas estranhas, fabrica hipóteses, falseia o possível e é exagerado.
O maior desafio do escritor de literatura fantástica é convencer o leitor de que aquele universo criado por ele é verossímil. E este é um fator muito importante para o sucesso de um livro, além, é claro, de um bom enredo e personagens marcantes.
Por exemplo, você está lendo e de repente um personagem pula da janela do trigésimo andar de um prédio, cai em pé na rua e sai correndo. Você vai acreditar nessa cena se ele for um humano comum? Não! Mas se já foi explicado que este personagem tem certos poderes, que ele realmente poderia realizar tal façanha, sem problemas, isso é verossimilhança, é a realidade que o autor conseguiu transmitir através das páginas anteriores.
Na próxima postagem vou falar um pouquinho sobre o imaginário, a diferença entre o fantástico e as crenças e lendas urbanas, finalizando então o tema da palestra.
Não deixe de comentar sobre o texto, sobre sua concepção de real e fantástico. Que filme, livro ou história te roubou noites tranquilas de sono? E qual não te convenceu? Eu gostaria muito de saber.
Obrigada pela leitura e até a próxima.

Beijinhos.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Sejam todos bem-vindos!

O Red Rose, que anteriormente ocupava este endereço, sofreu algumas modificações. A mocinha gótica, que alastrava seu charme em meio a rosas vermelhas no plano de fundo, deu lugar a um layout mais sóbrio, mais maduro, talvez, ainda que isto jamais signifique que eu estou ficando velha. Embora eu ainda ame os vampiros, os meus textos acabaram adotando outros tipos de criaturas fantásticas e eu senti vontade de transformar o blog num espaço onde o leitor possa encontrar com mais facilidade informações sobre os meus livros.
Espero que tenham gostado da mudança. Sintam-se à vontade. A casa é a mesma e eu espero por vocês com aquela xícara de café deliciosa, como sempre.
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